A teoria e a prática de Jaila Souza - Produzindo Certo
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A teoria e a prática de Jaila Souza

Com apenas 24 anos, a mais jovem analista ambiental do time da Produzindo Certo tem experiência de uma profissional tarimbada

A aparência e a idade cronológica enganam. Alguns minutos de conversa com a jovem Jaila de Souza, de apenas 24 anos, e qualquer um se pergunta: como é que essa menina já fez tanta coisa? Desde outubro de 2019 atuando no time de analistas ambientais da Produzindo Certo, ela se incorporou à equipe já trazendo uma bagagem incomum para quem conquistava seu primeiro emprego.

“Costumo dizer que, quando fui contratada, tinha cinco anos de faculdade e quatro e meio de experiência”, fala a moça expansiva e comunicativa. O currículo que apresentou ao se candidatar à vaga, na época, apresentava uma estudante em fase de conclusão do curso de Ciências Ambientais na Universidade Federal de Goiás (UFG), que concluiu logo depois da contratação. Em paralelo à faculdade, porém, Jaila manteve intensa atividade prática, desde os 17 anos, em estágios em diversas áreas. “Foi um processo seletivo bem rápido, eu nem tinha muita expectativa. Mas acho que uma das coisas que mais contou para dar certo é que eu já atuava há um bom tempo com geoprocessamento e sensoriamento remoto”.

Desde o primeiro semestre na UFG a menina inquieta foi além da sala de aula. Durante mais de dois anos, por exemplo, estagiou no Laboratório de Processamento de Imagem e Geoprocessamento (Lapig), uma das referências sobre o tema no Brasil. Lá, começou a conviver com a prática de somar imagens e dados de campo para fazer análises sobre uma área determinada. Posteriormente, atuou, também como estagiária, na divisão de geoprocessamento do Ministério Público de Goiás, aplicando sensoriamento remoto na apuração de eventuais infrações ambientais e em outras áreas.

O conhecimento adquirido nesse período foi imediatamente aplicado em sua função na Produzindo Certo. Jaila integra o time de analistas que, do escritório da empresa em Goiânia, atua na elaboração dos diagnósticos socioambientais das propriedades cadastradas na Plataforma Produzindo Certo (PPC). “A gente pega os dados que vêm da equipe de campo e mais as informações remotas para montar os diagnósticos”, resume. Além disso, o time também dá suporte a demandas dos produtores rurais.

“O pessoal dizia que eu era o chaveirinho do time operacional”, brinca Jaila. Ela rapidamente se integrou aos projetos da empresa e mergulhou nas questões do agronegócio e no propósito da Produzindo Certo. “As ciências ambientais ajudam a encontrar a melhor forma de produzir respeitando o meio ambiente. É preciso levar suporte, conhecimento e entendimento da legislação para o produtor. Não se deve demonizá-lo, mas mostrar a ele as melhores ferramentas, o que pode melhorar, como fazer. Às vezes uma coisa simples pode culminar em multa e ele nem sabe”.

Cuscuz com pamonha

Nascida em Barreiras, em plena fronteira agrícola do Oeste da Bahia, Jaila mudou-se com a família para Goiânia aos seis anos.

“Sou uma mistura de cuscuz com pamonha, beiju com pequi”, diverte-se.

Embora toda sua formação escolar tenha sido em Goiás, ela diz carregar uma identidade nordestina muito forte. “Essa raiz batalhadora não tem como largar”.

Nem por isso, porém, deixa de olhar para o mundo. Leitora voraz – consumo um ou dois livros em um feriado prolongado” – , ela exercita, nos livros ou nos filmes de diversas nacionalidades a que costuma assistir, sua curiosidade sobre as culturas estrangeiras. Eventualmente, mergulha no estudo de novos idiomas, como o inglês, o espanhol e, atualmente, o mandarim. “Depois de ver o filme coreano ‘Parasita’, me interessei pelas culturas orientais e fiquei fascinada com a China”, conta. “Então decidi me aventurar pelo mandarim. Estou indo devagarzinho, mais parece um momento de diversão. Algo para fazer a cabeça funcionar, esquecer de tudo”.

A cabeça não para mesmo. Após a graduação e a contratação pela Produzindo Certo, Jaila emendou um curso de mestrado em Geografia na UFG. A jovem que não cansa de estudar há muito entendeu o valor do conhecimento. “Quando mais se aprende, menos preconceito se tem. Quanto mais se aprende sobre agronegócio, mais se enxerga a realidade do que é o setor, do que são os produtores e de como está sendo produzido”, reflete sobre os pouco mais de dois anos em que convive diretamente com a produção responsável.

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