Produzindo Certo comemora um ano de identidade nova - Produzindo Certo
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Produzindo Certo comemora um ano de identidade nova

Com a palavra de quem vive o agronegócio responsável, a Produzindo Certo celebra a primeira safra de atuação com uma nova identidade

A próxima quarta-feira, dia 21 de julho, será um dia especialmente marcante para nós, da Produzindo Certo. Nessa data, há um ano, começou oficialmente o nosso futuro, pelo menos para o público externo. O evento que determinou a nova era foi a estreia do nosso novo website, a materialização de um trabalho intenso de toda nossa equipe e de muitos colaboradores na definição de um novo posicionamento estratégico, um novo modelo de negócios e uma nova identidade.

Essa vitrine digital foi construída não apenas para que apresentássemos tudo isso. Acima de tudo, foi pensada como uma ferramenta para que pudéssemos amplificar o impacto do nosso propósito. Desde que surgimos, como a ONG Aliança da Terra, em 2004, a Produzindo Certo usou o conhecimento como semente de transformação de vidas e negócios. É isso que levamos todos os dias a produtores rurais (hoje quase 2 mil), com o objetivo de ajudá-los a qualificar o trabalho de suas propriedades em busca de uma produção cada vez mais responsável.

De um ano para cá, pudemos ir além. Com cerca de 120 publicações em nosso blog, abrimos definitivamente as porteiras para que esse conteúdo técnico e transformador se espalhasse a todos aqueles que se propuserem a conhecer – e a discutir – o agronegócio responsável. Desde a primeiro texto publicado, apresentando a “nova” Produzindo Certo, criamos um canal para que muitas vozes pudessem ser ouvidas e ampliassem também a nossa percepção sobre conceitos que norteiam o uso mais racional, justo e economicamente viável dos recursos naturais e humanos na produção agropecuária.

Muita gente se juntou a nós nessa conversa. São produtores, executivos, pesquisadores, representantes de órgãos públicos e privados, parceiros comerciais ou de ideais, gente que representa a face moderna do agronegócio conectado ao meio ambiente e às pessoas. Neste espaço, como agradecimento, trago uma breve coletânea de frases publicadas no blog da Produzindo Certo nesses 12 meses. Uma pequena amostra diante do tamanho do desafio que temos juntos pela frente. Confira, relembre e revisite as páginas originais clicando as frases.

“Sustentabilidade não é um palavrão. Sem o resultado econômico, o negócio não para em pé. Se você não contar com uma equipe motivada, com um turnover pequeno, pessoas agregando conhecimento e se desenvolvendo, você não consegue sustentar o desempenho. E se você não tiver gestão ambiental, vai aquecer o planeta e não vai conseguir produzir alimento na quantidade necessária”

Pelerson Penido, CEO do Grupo Roncador (MT)

“O Brasil é reconhecido como potência ambiental e agrícola. E a gente pode trabalhar os dois. O Brasil pode ser essa potência agroambiental”  

Eduardo Bastos, diretor de Sustentabilidade da Divisão Agro da Bayer no Brasil.

“É preciso mostrar para o produtor que estamos ao lado dele e que ele pode ser, acima de tudo, um ator central da preservação sustentável”

Fernando Sampaio, diretor-executivo do Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI), do Mato Grosso

“Quanto tempo uma seguradora vai assegurar uma propriedade que não comprove alguma certificação, sem saber que a parte ambiental está adequada? Quanto tempo outros compradores vão comprar sem rastreabilidade? É nossa responsabilidade com os nossos produtores de estarmos à frente das transformações para proteger o produtor”

Rudinei Bogorni, coordenador de assistência técnica da Castrolanda (PR)

“A produção sustentável é vital para o planeta. Hoje em dia, posso dizer como é prazeroso fazer a minha parte. Isso pega os produtores de um jeito que ele nunca mais consegue tocar a fazenda de outra maneira”

Diego Luft, agricultor, dono da empresa Silo Certo (RS) e fornecedor da PMB

“Trazer mais parceiros será fundamental não apenas para garantir uma abordagem mais ampla da cadeia de valor, mas também para apoiar o investimento necessário para gerar impacto em escala”

Nicoletta Pavese,  líder da World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e porta-voz do Soft Commodities Forum (SCF)

“Se pensar em resultado financeiro, não faz. Mas quando a gente acredita e vê que faz sentido, enxerga valor. Não deixa de ser um investimento que gera ganhos indiretos de eficiência no trabalho, na produtividade e até mesmo na rotatividade das equipes”. 

Rodrigo Cigotti, administrador da Fazenda Bang Bang (MT)

“Existe sim uma agenda de convergência possível. (…) É muito mais fácil do que muita gente imagina, na verdade. Existe um discurso inflamado por vezes pela falta de informação, pela ignorância de dados literalmente. Os exemplos estão aí. Existem muito mais empreendedores, muito mais comunidades engajadas numa agenda proativa positiva do que aqueles que buscam o conflito”

Marcio Sztutman, diretor para a América Latina do fundo britânico Partnerships For Forests (P4F)

“Quem entendeu, assimilou, não volta atrás. (Ele) começa a perceber os ganhos de produtividade na fazenda, começa a ter outra mentalidade. O produtor latino-americano, especialmente o brasileiro, é inovador. Ele vai copiar o que o vizinho faz se tiver bem-feito, vai se aprimorar”

Diego Di Martino, gerente de Sustentabilidade para a América Latina da ADM

“As finanças verdes são uma realidade no Brasil. Existe um pipeline considerável para investimentos voltados para o agronegócio”

Leisa Souza, coordenadora do Programa de Agricultura da Climate Bonds Initiative (CBI)

“Investidor não é o problema. O problema é ter bons ativos na ponta de originação. Temos um trabalho importante para fazer em conjunto. O mercado como um todo tem que realmente se preocupar em estruturar os ativos”

Fabrizio Pezente, CEO da Traive

“Se a gente quer criar um mercado confiável, precisamos entender a demanda dos investidores”

José Angelo Mazzillo Junior, diretor adjunto da Secretaria de Políticas Agrícolas 

“Negócios não podem ser feitos a qualquer custo. Acho muito miserável uma empresa que tem como único objetivo maximizar o lucro para o acionista. A gente tem que pensar que onde a gente coloca o nosso dinheiro, ele está nutrindo aquilo lá. É como se você estivesse plantando algo”.

João Pacífico, CEO ativista do Grupo Gaia

Temos muito mais a falar deste primeiro ano e muito mais a fazer nos próximos. Sim, estamos plantando um futuro mais responsável para o agronegócio.