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Projeto leva assistência técnica em sustentabilidade para produtores no país vizinho
Nas últimas duas semanas, uma equipe da Produzindo Certo percorreu mais de 2 mil quilômetros por três diferentes províncias argentinas. Até o dia 9 de julho, essa distância será praticamente dobrada e eles terão visitado propriedades rurais em outros dois estados do país vizinho.
A expedição marca o início dos trabalhos do primeiro projeto da empresa na Argentina. Em parceria com traders locais e indústrias de alimentos, a Produzindo Certo levará seu modelo de assistência técnica socioambiental a pelo menos nove produtores de grãos daquele país. O objetivo é prepará-los para a obtenção da certificação RTRS, trazendo um novo impulso para a produção de soja responsável.
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“A Argentina já participou com maiores volumes no mercado de soja responsável”, afirma Aline Locks, CEO da Produzindo Certo. “Mas por falta de incentivo, esse interesse foi reduzido nos últimos anos. A ideia agora é apoiar os produtores a buscarem esse diferencial e demonstrar a eles os benefícios que podem vir a partir de uma produção seguindo as melhores práticas socioambientais”.
Foram meses de estudo para adequar os protocolos da Produzindo Certo às normas que regem questões ambientais e trabalhistas na Argentina. “As maiores diferenças entre os critérios utilizados no Brasil e na Argentina estão no âmbito social”, afirma o veterinário Willian Campos, especialista em sustentabilidade da Produzindo Certo. Ao lado da analista ambiental Jaila Souza, ele é um dos responsáveis pelas visitas às propriedades selecionadas.
Nelas, a dupla aplica o diagnóstico socioambiental da Produzindo Certo, que neste caso traz também as demandas do protocolo para certificação RTRS. “A maioria dos produtores nunca havia recebido uma visita como a nossa, com foco em trazer assistência técnica para a melhoria de suas propriedades”, diz Campos. “No início eles se assustam com a quantidade de itens verificados e documentos solicitados. Mas são muito receptivos e rapidamente entendem o tipo de trabalho que realizamos e os benefícios que vêm com ele”.
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As propriedades avaliadas têm porte médio de 5 mil hectares, com cerca de 4 mil deles cultivados. Embora todos sejam produtores de soja, a atividade no campo é diversificada. Boa parte deles utiliza as mesmas áreas destinadas à soja para safrinhas de milho e feijão ou então faz rodízio de culturas com algodão, além de reservar parte dos terrenos à pecuária.
Após a fase de visitas presenciais, as informações colhidas junto aos produtores serão processadas e analisadas pela Produzindo Certo, dando origem ao diagnóstico completo da situação da fazenda e ao plano de ação indicando as melhorias necessárias. De acordo com Willian Campos, a primeira impressão é de que as principais ações estarão na área de infraestrutura das propriedades. “O que faltava aos produtores era informação. Com esse insumo, eles estarão aptos a dar os próximos passos em busca da certificação”, conclui.