Desafios que viram notícias - Produzindo Certo
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Desafios que viram notícias

Foram 22 edições em um ano, para dizer no mínimo, desafiador. Criada para ser um espaço de reflexão sobre os assuntos mais relevantes para o agronegócio, a seção Notícias Responsáveis foi um mosaico de textos sobre esses desafios tão díspares e ao mesmo tempo tão relacionados.

Em 2023, o agro brasileiro comemorou a colheita de mais uma safra recorde de grãos, cerca de 322,8 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), registrou crescimentos sucessivos em exportação (US$ 140 bilhões, entre janeiro e outubro), conquistou 71 novos mercados (até novembro) e espera alcançar mais um VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) histórico, com a estimativa de R$ 1,151 trilhão em faturamento dentro das fazendas.

Mesmo assim, o ano foi especialmente complexo para o setor. O clima adverso em algumas áreas produtoras, a inflação, a mudança de governo e os conflitos internacionais em regiões importantes para o agronegócio foram alguns dos fatores que influenciaram as decisões e as margens do produtor.

Mas muito além da conjuntura econômica e política, o agro enfrenta desafios que estão bem mais além dos limites da porteira. Estão nas conferências e missões internacionais que ainda não conseguem transmitir a real imagem do setor. Estão nas salas de aula que ainda usam materiais desatualizados para falar da produção rural brasileira.

Também estão muitas vezes na falta de agilidade do setor em agir diante dos maus exemplos para revertê-los em soluções perenes que possam servir de exemplo até para outros segmentos da economia.

Através dos artigos da série Notícias Responsáveis, trouxemos reflexões sobre esses e outros temas que demandam atenção e posicionamento de quem produz, financia, processa e comercializa o que vem do campo. São textos que têm como objetivo contribuir para um debate mais esclarecido entre agentes urbanos e rurais, que nem sempre se compreendem mutuamente.

A série continua em 2024, sem fugir dos temas mais sensíveis e, portanto, mais relevantes ao se buscar uma agenda comum de desenvolvimento que seja sustentável. Para o agro e para todos. Um ótimo ano a todos.