Vozes Responsáveis contra o fogo - Produzindo Certo
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Vozes Responsáveis contra o fogo

Edição especial da série Vozes Responsáveis vai falar sobre os impactos dos incêndios florestais no agronegócio e a importância da soma de esforços para combater o problema

A rotina é conhecida por muitos produtores rurais na época das secas. Guilherme Pinezzi Honório, da Agropecuária Agro-oeste, e sua equipe passaram o período do ano passado apreensivos e com atenção máxima para evitar que incêndios cheguem às lavouras e provoquem a perda do esforço de quase um ano inteiro de produção. E celebra aliviado que na última estação das secas o fogo não atingiu a sua propriedade, a Fazenda Esperança, localizada na região entre o Araguaia e o Xingu, no Mato Grosso.

Mas não é sempre assim. “Praticamente todo ano a gente passa algum susto em alguma fazenda. Não existe prejuízo maior para o produtor do que o fogo. Ninguém quer ver seu patrimônio queimar”, indica ele, que viu vizinhos sofrerem prejuízos em suas lavouras. Pinezzi contou com a ajuda da Brigada Aliança em pelo menos duas situações mais críticas em 2020.

Como prevenção, os cuidados na sua fazenda incluem a identificação da posição dos ventos, o mapeamento de riscos e a manutenção dos equipamentos para atender emergências. Em 2019, em um cenário mais crítico, o fogo avançou por cerca de 40 km até invadir a sua propriedade que inclui a produção de soja, milho e gado. “Conseguimos apagar o fogo quando ele chegou na nossa fazenda. Em conjunto com a brigada, refizemos o caminho do fogo para compreender melhor o que houve e isso nos ajuda a entender e melhorar a prevenção”.

Para falar um pouco mais sobre essa realidade, o produtor é um dos participantes da live VOZES RESPONSÁVEIS ESPECIAL: O FOGO E O AGRO, que será promovida pela Produzindo Certo, em parceria com a Brigada Aliança, na próxima terça-feira, dia 1º de junho, a partir das 18h30.

O evento virtual e gratuito, transmitido ao vivo pelas plataformas digitais da Produzindo Certo, vai trazer especialistas para discutir as principais preocupações, divulgar boas práticas e demonstrar como diferentes agentes do agro vem se mobilizando para ajudar na prevenção de incêndios que causem prejuízos à produção e riscos para moradores e o meio ambiente.

Além de Pinezzi, estão confirmados nesse bate-papo online os seguintes nomes:

Jayleen Vera, especialista no Programa de Incêndio para América Latina e Caribe do Serviço Florestal Americano (USFS), parceiro da Brigada Aliança desde 2009. O USFS está trabalhando para fortalecer o programa de combate aos incêndios florestais no Brasil.

Liege Vergili Correia Nogueira, gerente Executiva de Sustentabilidade da JBS. A empresa está iniciando um programa de prevenção e combate aos incêndios florestais para o Pantanal, também em parceria com a Brigada Aliança para apoiar seus fornecedores na região.

Flávio Lopes Ribeiro, superintendente de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (SEMAD-GO). Flávio também é mestre em Ações Humanitárias Internacionais pela Universidade de Uppsala (Suécia) e Doutor em Ciência e Gestão de Desastres pela Universidade de Delaware (EUA) e tem atuado diretamente na agenda de fogo, incluindo, o trabalho com pequenos produtores.

Edimar Abreu, Comandante da Brigada Aliança, atua na linha de frente do combate aos incêndios florestais na região do Xingu e é responsável pelo treinamento de brigadistas em várias regiões do Brasil.

Com a experiência de mais de uma década no trabalho preventivo para elevar a proteção contra o fogo e no combate a incêndios florestais, a Brigada da Aliança vem buscando ampliar seu trabalho no Centro-Oeste com uma dupla preocupação: demonstrar que o esforço para combater as chamas deve ser contínuo ao longo do ano e treinar trabalhadores rurais para a prevenção e o atendimento rápido e eficiente para combates de focos de calor antes que eles tomem maiores proporções.

“Os incêndios são uma preocupação de todos que vivem na região. Eles prejudicam a produção, e colocam em risco pessoas e animais. A visão de que quem vive e depende do campo é responsável pelos incêndios não só não é real, como demonstra a necessidade que temos de dar mais visibilidade às nossas práticas. A solução para este importante problema passa por essa clareza porque só com a soma de esforços, do campo e de quem depende dele nos grandes centros, permitirá que a gente tenha sucesso nessa tarefa”, reflete Aline Locks, CEO da Produzindo Certo.

Para assistir à live VOZES RESPONSÁVEIS ESPECIAL: O AGRO E O FOGO, acesse os canais digitais da Produzindo Certo.

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