O exemplo sustentável que vem do Sul - Produzindo Certo
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O exemplo sustentável que vem do Sul

Retrospectiva 2022: Um dos maiores programas de produção responsável do Brasil, Responsible Leaf atinge meta de incluir toda a base de produtores de tabaco da região

Mais de 4,9 mil propriedades rurais visitadas e avaliadas pelos orientadores de campo. Mais de 2,7 mil diagnósticos socioambientais realizados e 2,2 mil propriedades monitoradas. Adesão de praticamente 100% dos produtores ao programa. Tudo isso em apenas um ano.

O balanço do programa Responsible Leaf, iniciativa da Philip Morris Brasil (PMB) em parceria com a Produzindo Certo, para 2022 não poderia ter sido mais positivo. Um dos maiores projetos de incentivo à produção responsável do Brasil em número de propriedades envolvidas, terminou o ano atingindo uma meta ambiciosa: atingir, em apenas dois anos, a totalidade da base de fornecedores de tabaco para a PMB, somando cerca de 5 mil propriedades rurais nos Estados do Sul do Brasil.

“Foi um ano muito intenso”, resume Felipe Consalter, supervisor de Governança e Sustentabilidade da PMB. Se em 2021 a primeira fase do projeto consistiu na implementação do programa entre os produtores de tabaco do Rio Grande do Sul, em 2022 a meta era realizar avaliações e diagnósticos em todas as propriedades de Santa Catarina e do Paraná. Objetivo cumprido.

Até o próximo mês de fevereiro todos os produtores receberão os diagnósticos socioambientais de suas propriedades. Esses relatórios indicam, entre mais de 90 indicadores avaliados, os pontos da propriedade que estão ou não em conformidade com a legislação ambiental e a trabalhista e também com as boas práticas de produção responsável.

“A adesão maciça dos produtores comprova a qualidade do programa e mostra que eles estão vendo o benefício de participar”, afirma Consalter. “E também a qualidade da equipe técnica envolvida, que conseguiu mostrar para eles que estamos lá para ajudar, e não para apontar o dedo”.

O diagnóstico inclui também o escore socioambiental da propriedade, uma nota que varia de 0 a 100, de acordo com o nível de conformidade. Inicia-se, então, uma nova fase da sua participação no Responsible Leaf: a elaboração de planos de ação para a realização das adequações necessárias e o monitoramento das melhorias efetuadas.

Esse processo já está em curso nas propriedades gaúchas. Nesse segundo ano de participação no Responsible Leaf já foi possível mensurar uma série de melhorias realizadas nas propriedades. O escore médio identificado nos diagnósticos, em 2021, era de 68. Ao final de 2022, deve chegar a 79, refletindo o compromisso dos produtores com o programa.

“À medida em que eles compreendem os benefícios de realizar as melhorias sugeridas no plano de ação, engajam-se ainda mais”, avalia Camile Pissoli, gerente de projetos da Produzindo Certo. “No segundo ano de participação no programa, os produtores já compraram a ideia e entendem a importância de fazer esse trabalho”.

Com a totalidade dos diagnósticos realizados, foi possível também identificar os principais pontos que requerem a atenção dos produtores participantes no Responsible Leaf. Segundo Consalter, a maioria das dificuldades está em atender à complexa legislação que envolve a atividade rural.

“Em uma pequena propriedade, como é o caso das que fazem parte do programa, em geral o produtor não tem amplo acesso a informações e novidades relacionadas a como implementar boas práticas agronômicas e ter uma produção mais sustentável. Precisamos levar essa informação para eles e ajudá-los na solução dos problemas”, explica.

Um exemplo diz respeito à exigência de instalar placas de sinalização na propriedade – como as indicativas de velocidade máxima, de proibição de acesso, ou da necessidade de uso de equipamentos de segurança (EPIs). Neste caso, a PMB produziu kits com placas e ofereceu aos produtores a um custo acessível.

Também foram verificadas necessidades de melhorias na área produtiva, como atenção a pontos de erosão, solo compactados, uso de técnicas de plantio direto, como cultura de cobertura.

“Em muitos casos, as melhorias listadas no plano de ação são de fácil solução e de baixo custo”, afirma Camile. “Em pouco tempo, os produtores conseguem perceber as vantagens de participar do Responsible Leaf”.