Reg.IA apresenta resultados da primeira safra - Produzindo Certo
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Reg.IA apresenta resultados da primeira safra

Lançado em agosto de 2024, o Reg.IA – primeiro consórcio de agricultura regenerativa da América Latina – acaba de apresentar os primeiros resultados da iniciativa, voltada à transformação da agricultura por meio de práticas sustentáveis.

O evento foi realizado em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e contou com a presença de produtores rurais, representantes de grandes empresas do setor e jornalistas especializados, reforçando o interesse crescente por soluções que promovam a regeneração dos solos e o aumento da produtividade com menor impacto ambiental.

Com o apoio de Agrivalle, Bayer, BRF, GAPES, Milhão e Produzindo Certo, o Reg.IA vem se consolidando como um marco para o agronegócio sustentável no Brasil. Durante o encontro, foram discutidos os desafios e oportunidades na adoção de tecnologias e manejos regenerativos, além de apresentados os primeiros impactos concretos da iniciativa na safra de soja. Os dados mostraram que o projeto já alcançou 37 mil hectares em 38 fazendas espalhadas por cinco estados brasileiros.

Entre os temas abordados, destacaram-se a melhoria da saúde do solo, a redução da dependência de insumos químicos e o papel da inovação no fortalecimento de sistemas agrícolas mais resilientes.

Ao compartilhar experiências e dados concretos, o consórcio avança no objetivo de criar um modelo de produção mais equilibrado e eficiente, conectando ciência, tecnologia e boas práticas para gerar impacto positivo no campo.

Cobertura da imprensa

A cobertura jornalística do evento ressaltou os avanços obtidos na safra de soja, bem como os desafios e oportunidades para ampliar a adoção dessas práticas no campo. Além dos números alcançados até o momento, as reportagens trouxeram análises sobre a viabilidade e o potencial de crescimento da iniciativa.

A cobertura também evidenciou o interesse do mercado na soja regenerativa e o compromisso das empresas participantes em incentivar a adesão dos produtores. Com isso, o Reg.IA se consolida como um marco na transição para um agro mais equilibrado e resiliente, abrindo caminho para novas oportunidades dentro e fora do Brasil.

Entre as principais publicações, o Capital Reset destacou que, embora a área plantada tenha ficado aquém da meta inicial, totalizando 37 mil hectares em vez dos 50 mil previstos, a produtividade surpreendeu ao ser estimada em 160 mil toneladas de soja regenerativa, mesmo com a área 35% menor.

A reportagem também enfatizou o compromisso das empresas BRF e Milhão em oferecer um prêmio de 2% sobre o valor da saca para os produtores que aderiram ao protocolo do consórcio, além de destacar desafios importantes, como a dificuldade em atingir escala. “A dificuldade é realmente conseguir produtores”, explicou Charton Locks, diretor de operações da Produzindo Certo ao site.

O The AgriBiz também ressaltou que, apesar de a área plantada ter ficado abaixo da meta inicial, o consórcio se aproximou do objetivo na produção de grãos devido à alta produtividade das fazendas participantes.

A reportagem também destacou o foco na expansão do Reg.IA. Além de incluir novas culturas, como sorgo e café, a iniciativa deve seguir para outros países da América Latina, a começar pela Argentina.

Nós já temos a Produzindo Certo e vários parceiros na Argentina, é um caminho natural. Construímos o Reg.IA para ser latino-americano. Não temos uma data fechada, mas gostaria muito que isso acontecesse na próxima da safra”, adiantou Charton Locks.

Já o AgFeed revelou, com exclusividade, que diante dos resultados positivos obtidos com grãos no Reg.IA, a Produzindo Certo planeja lançar um consórcio semelhante focado na pecuária regenerativa. A nova iniciativa, prevista para ser lançada nos próximos meses, tem como objetivo promover a intensificação de pastagens e alcançar 100 mil hectares.

A CEO da Produzindo Certo, Aline Locks, afirmou que a metodologia seguirá um modelo semelhante ao do Reg.IA, com práticas mandatórias e opcionais para os produtores participantes.

Não vai ser dentro da estrutura do Reg.IA, mas vamos seguir a metodologia, identificando práticas mais comuns e eficientes no que queremos de resultados que, nesse caso, vai ser intensificação de pastagens”, disse.