O desafio da pecuária responsável na Amazônia - Produzindo Certo
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O desafio da pecuária responsável na Amazônia

No fim de 2023, durante a COP 28, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, o Bezos Earth Fund, fundo de investimentos filantrópicos do dono da Amazon, Jeff Bezos, anunciou um aporte de US$ 57 milhões para apoiar ações voltadas a transformação dos sistemas alimentares.

Desse montante, US$ 16,3 milhões serão destinados a projetos na Amazônia, onde a entidade pretende desenvolver o maior sistema de rastreabilidade animal do mundo.

Os projetos englobam diversas instituições e parcerias, além de empresas especializadas na transformação de cadeias de produção agropecuárias, e uma delas é a Produzindo Certo.

Para liderar a implementação dessa iniciativa no Pará, a pecuarista Carolina Barretto, Pós-graduada em marketing e especialista em tecnologia de carne, acaba de entrar para o time da empresa como a nova Head de Pecuária.

Juntamente com Charton Locks, COO da Produzindo Certo, ela participou das primeiras rodadas de negociação realizadas no Pará e conta no novo episódio da série Flashcast quais as próximas etapas e metas do projeto com a Bezos.

“O que a gente vai fazer é ouvir os produtores, entender quais são as dores e quais são os amores. A gente precisa ouvir e separar os ruídos da realidade”, disse ela durante o bate-papo.

Segundo Carolina, nesta primeira fase o objetivo é ouvir e entender as reais necessidades dos produtores paraenses e o que eles precisam para conseguir atender a legislação vigente em termos socioambientais e quais vantagens comerciais eles podem ter como empresários e gestores do bioma amazônico.

“Entender como fomentar essa pecuária na Amazônia sem ser acusada. O grande negócio é esse. Não tem vilão produzindo. Tem vilão em todos os lugares produzindo errado e não produzindo certo”, destacou.

Para Carolina é fundamental valorizar o que já está sendo feito pelos produtores do Pará e criar estratégias para aumentar os resultados em termos de produtividade, sustentabilidade e renda.

“O verdadeiro sentido é fomentar as boas práticas, colocar a turma dentro da legislação e porque não aumentar a produtividade e ganhar mais com isso, ser reconhecido pelo trabalho que já está sendo feito”, defende.

Além das rodadas de negociação, está prevista, a partir do próximo semestre, a capacitação da equipe que vai atuar no Pará. Alguns produtores já vão ganhar a assistência técnica especializada da Produzindo Certo de largada e as primeiras parcerias já foram firmadas.

“A gente está com algumas parcerias, com alguns atores lá, indústria, sindicato rural, outras entidades de classe pra conseguir formar essa primeira rede”, contou Carolina.

Confira o episódio completo do Flashcast: