Fenômenos climáticos: O que são e como impactam a agropecuária? - Produzindo Certo
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Fenômenos climáticos: O que são e como impactam a agropecuária?

Nunca se falou tanto em clima e nos fenômenos climáticos como agora. Afinal, o Brasil e o mundo têm vivido eventos extremos, como as terríveis ondas de calor.

Com temperaturas em níveis recordes, 2023 foi considerado o ano mais quente dos últimos 100 mil anos, segundo o relatório divulgado pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia.

Ainda de acordo com o documento, esse calor todo foi resultado da influência do fenômeno El Niño, que aquece as águas superficiais do leste do Oceano Pacífico, e, principalmente, das contínuas emissões de gases de efeito estufa, que alcançaram concentrações alarmantes no ano passado.

Só nesta introdução já citamos dois fenômenos climáticos importantes e que impactam de forma significativa o planejamento no campo: as ondas de calor e o El Niño.

Mas a lista é extensa e inclui ciclones, tornados, geadas, chuvas de granizo, veranicos… São vários os fenômenos climáticos que estamos acostumados a acompanhar.

O produtor rural deve estar atento a cada um deles para tomar as decisões corretas na propriedade para evitar ou ao menos diminuir os prejuízos. Quanto mais instável o clima, mais difícil é identificar com precisão e antecedência os eventos que influenciam na atividade.

Foi pensando nisso que preparamos essa edição do Dicionagro. Confira a lista a seguir e saiba tudo sobre os 10 fenômenos climáticos que mais impactam a agropecuária.

Granizo: É chuva em estado sólido, portanto, gelo, que ocorre com tamanho e formato variados. Essas pedras de gelo se formam no interior das nuvens de grande desenvolvimento vertical, que recebem o nome de cumulonimbus.

Geadas: É um fenômeno caracterizado pela formação de uma camada fina de gelo sobre superfícies expostas, como solo e plantas. Ocorre em períodos muito frios e onde há a presença de vapor d´água ou umidade na camada de ar mais próxima da superfície. Pode levar a morte de tecidos vegetais e resultar na perda de colheitas inteiras.

Ondas de calor: São causadas pelo aumento anormal das temperaturas durante certo período. Essa elevação ocorre de forma repentina e é provocada, em especial, pela atuação de uma massa de ar quente, que gera o registro de máximas de temperatura e de mínimas de umidade. Esse aumento anormal das temperaturas é comumente apontado como um fenômeno causado pelo desenvolvimento das atividades humanas e, mais especificamente, econômicas.

Veranico: Durante este fenômeno climático as temperaturas atingem níveis extremos, tanto nas máximas quanto nas mínimas. Conta com forte radiação solar, baixa umidade e estiagem prolongada. Nas lavouras, causa a desidratação das plantas pelas altas temperaturas somadas à baixa umidade e estiagem.

El Niño: É um fenômeno climático, que envolve fatores atmosféricos e oceânicos, caracterizado pelo aumento das temperaturas do oceano Pacífico. A origem desse fenômeno é a costa oeste da América do Sul, mais especificamente o território do Peru. A alteração anormal da temperatura do oceano Pacífico provoca mudanças climáticas significativas, principalmente na faixa tropical do globo. O El Niño gera alteração nos padrões climáticos de temperatura e precipitação. No Brasil, causa chuvas torrenciais na região Sul, além de secas severas no Norte e Nordeste do país.

La Niña: A La Niña é o oposto do El Niño. É um fenômeno caracterizado pela intensificação da situação normal, com o resfriamento irregular das águas no Pacífico sul-americano. Os efeitos da La Niña são opostos aos do seu “semelhante masculino”. No Brasil, por exemplo, ocorre o aumento das chuvas no Norte e Nordeste.

 ZCAS: A Zona de Convergência do Atlântico Sul é um sistema meteorológico natural, no qual se forma um corredor de umidade que une o Norte ao Sudeste do Brasil, em direção ao Oceano Atlântico sul. Quando ocorre esse evento, as nuvens carregadas de água ficam concentradas em uma única região e, sem conseguir seguir o seu trajeto, chocam-se com frentes frias, causando nebulosidade, umidade e fortes chuvas.

Ciclones: Os ciclones representam grandes massas de ar que realizam um movimento giratório, podendo deslocar-se de uma região para outra. De maneira simples, pode-se dizer que os ciclones são grandes massas de ar bastante carregadas de umidade capazes de provocar chuvas torrenciais ao redor de um centro de baixa pressão atmosférica.

Tornados: Tornados são considerados fenômenos meteorológicos com alto poder de destruição. Os ventos podem atingir velocidades acima de 400 km/h, contudo a duração do tornado é inferior à duração do furacão, por exemplo. Os tornados são basicamente redemoinhos formados por uma tempestade que correspondem a ventos giratórios em forma de funil. É um fenômeno tipicamente continental. Quando se formam sobre massas de água, são conhecidos como trombas d’água.

Furacões: Os furacões são tempestades tropicais com ventos que atingem mais de 119 km/h e sua intensidade, segundo o CPTEC, pode ser calculada de acordo com a pressão encontrada no seu centro, ou mais conhecido como olho do furacão. Quando essa tempestade tropical ocorre na porção leste do Oceano Pacífico ou no Oceano Atlântico é chamada de furacão. Quando ocorre na porção oeste do Pacífico (mais especificamente na Ásia) é chamada de tufão.

Fontes:

InfoEscola – Navegando e Aprendendo – InfoEscola

Mundo Educação – Educação, Vestibular, ENEM, Trabalhos Escolares. (uol.com.br)

Brasil Escola – O maior portal de educação do Brasil (uol.com.br)