Agricultura regenerativa foi o tema central de um episódio recente do Podcast Carbono Zero, do Capital Reset, reunindo especialistas, pesquisadores e empresas que investem na transição para um modelo de produção mais sustentável. Entre os destaques da conversa esteve o Reg.IA, primeiro consórcio de agricultura regenerativa da América Latina, lançado em agosto de 2024 e que já começa a transformar realidades no campo.
Representando a Produzindo Certo, integrante do consórcio, a coordenadora de projetos Monalisa Mühl apresentou resultados e explicou, de forma prática, como funciona o protocolo que está sendo implementado em 38 fazendas e cerca de 37 mil hectares de soja e milho.
“Hoje a gente tem um cardápio de quatro práticas. A gente tem a opção do produtor usar uma adubação orgânica. Pelo menos 20% do volume de fertilizantes tem que ser proveniente de fonte orgânica. A segunda prática é o uso de biológicos, pelo menos uma aplicação no talhão. A terceira é uma redução no uso de pesticidas, de químicos. E por último a rotação de culturas”, detalhou.
Os primeiros resultados já chamam a atenção. Segundo Monalisa, “juntos esses produtores estão 66% abaixo da média nacional em relação à pegada de carbono”.
O consórcio também oferece um incentivo financeiro de 2% sobre o valor da saca de soja ou milho regenerativo para os participantes que seguem o protocolo. A estrutura é escalável e a meta é expandir para outras culturas e países da América Latina, posicionando o Brasil como referência no tema.
O episódio ainda abordou o papel das empresas parceiras do consórcio, que conta com Agrivalle, Bayer, BRF, Milhão Ingredients, Grupo GAPES, além da Produzindo Certo. O objetivo é claro: criar um protocolo viável para ampliar a adoção da agricultura regenerativa e gerar benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Para entender em detalhes o conceito, as práticas e os impactos da agricultura regenerativa e também o papel e os resultados do primeiro ano do Reg.IA, clique aqui e confira o episódio completo do Podcast Carbono Zero.
