Quanta história (e sustentabilidade) cabe em um pote de maionese? - Produzindo Certo
Publicado em
Quanta história (e sustentabilidade) cabe em um pote de maionese?
Kit personalizado entregue aos produtores de soja responsável

Premiação de produtores celebra um dos mais duradouros projetos de valorização da produção de soja responsável no País

Todo produto tem uma história, uma origem, uma trajetória desde a mais básica matéria-prima até o seu consumo. Mais ou menos rica, interessante ou eventualmente glamurosa, todas elas importam e fazem diferença em um mundo voltado, cada vez mais, a entender o impacto das atividades humanas sobre a vida no planeta.

Um simples frasco de maionese, por exemplo, contém muito mais do que 500 gramas de um creme saboroso. Ali dentro está contida uma das iniciativas pioneiras e mais duradouras de valorização da produção responsável no país. É uma história que merece ser contada e lembrada sempre que um desses potes for aberto.

Na semana passada, um grupo de 21 produtores de soja, representando mais de 30 fazendas, se encontrou para um jantar em um restaurante em Rio Verde, no interior de Goiás. Promovida pela Produzindo Certo, a confraternização tinha como objetivo compartilhar com eles mais um ano de sucesso de uma parceria iniciada em 2015, quando a Unilever, fabricante da maionese Hellmann’s, decidiu que todos os ingredientes utilizados no produto deveriam ter origem verificada e, sobretudo, sustentável.

Não é algo que se realiza do dia para a noite, ainda mais em um momento em que, diferentemente do que é hoje, a questão da produção responsável ainda não estava tão difundida. Pouco se falava em certificações e a enorme maioria dos produtores rurais sequer tinha ideia de como obtê-la.

Coube à Produzindo Certo a tarefa de identificar potenciais fornecedores e dar início a um processo, nem sempre simples, de avaliar suas propriedades, gerando um diagnóstico socioambiental. São dezenas de indicadores avaliados, olhando desde as técnicas agrícolas ao ambiente de trabalho nas fazendas.

As vistorias geraram relatórios, com indicações de melhorias necessárias. Era o primeiro passo para as certificações, que seriam feitas posteriormente, junto à RTRS, principal entidade internacional voltada à soja responsável. O começo de uma caminhada que se estende até hoje – e que se repete a cada ano. As certificações precisam ocorrer em cada safra, o que significa novas exigências, novas vistorias e novas auditorias.

A maior recompensa do projeto é verificar que a maior parte dos produtores daquela primeira safra se mantém na lista de fornecedores. E que a patrocinadora da ideia, a Unilever, continua premiando-os pelo empenho de produzir conforme as melhores práticas socioambientais.

Os produtores premiados, com a equipe Produzindo Certo e o professor Marcos Fava Neves

Desde o primeiro ano, a empresa entendeu que havia sentido em bonificar os fornecedores, comprando os créditos de soja sustentável, ou seja, adicionando valor ao produto certificado, o que não é algo corriqueiro na maioria das cadeias de commodities agrícolas, sobretudo na soja.

Ao longo desses oito anos, foram entregues à indústria mais de 1,7 milhão de toneladas de soja responsável atreladas a preservação de 28 mil hectares de vegetação nativa no cerrado goiano e mineiro. Em contrapartida, a empresa destinou assistência técnica e bonificação financeira aos produtores. Mais do que isso, porém, ajudou a consolidar entre os produtores conceitos duradouros, que vão além dos recursos, como demonstram depoimentos dados por eles no encontro na semana passada.

  • Maria Vitória Vasconcelos, engenheira agrônoma e agricultora na fazenda Mato do Lobo, no programa desde 2017: “Tem sido muito legal entender mais dos processos em que estamos envolvidos na fazenda e como a sustentabilidade entra em cada etapa da produção, valorizar o produto final e perceber até onde o nosso trabalho chega. Ver que isso está sendo valorizado é muito importante, com reconhecimento social e financeiro, mostrando nosso papel no processo de sustentabilidade no planeta”.
  • Wendy Peeters, produtora rural da Fazenda Vargem Grande: “É um grande orgulho fazer parte da  certificação RTRS através do programa da Produzindo Certo. É uma forma de podermos chegar ao consumidor final e mostrar o que a gente faz dentro da porteira para quem consome fora da porteira”.
  • Lindomar Antonio Vieira, gerente de recursos humanos do Grupo Monte Alegre, no projeto desde 2016: A parceria duradoura, sempre acompanhando as questões de sustentabilidade, RH e até administrativas das fazendas, tem trazido grandes resultados para nossas unidades. As visitas anuais nos orientam a estar sempre melhorando em atividades como controle resíduos e descarte de embalagens. O colaborador também se sente feliz”.

No evento da semana passada, assim como nos anos anteriores, cada produtor recebeu, além do prêmio em dinheiro, um pote de maionese Hellmann’s personalizado, com seu nome no rótulo, materializando essa jornada normalmente invisível para o mercado.

Convidado especial e palestrante da noite, o professor Marcos Fava Neves, o Doutor Agro, destacou a entrega dos prêmios. “Ver o trabalho de sustentabilidade desses produtores reconhecido pelos clientes e compradores foi muito interessante. É incrível como o Brasil tem possibilidade de abastecer o planeta com a comida feita aqui. E quanto mais sustentável for o Brasil, mais vai ser assim. Esses produtores estão no caminho certo”.

Clique aqui para ler outros conteúdos da série Notícias Responsáveis.