Produzindo Certo leva consórcio de pecuária intensiva à FAO em Roma - Produzindo Certo
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Produzindo Certo leva consórcio de pecuária intensiva à FAO em Roma

A Produzindo Certo foi uma das 12 iniciativas globais selecionadas para apresentar soluções práticas durante a Conferência Global da FAO sobre Transformação Sustentável da Pecuária. O evento foi realizado em Roma, na Itália, e reuniu representantes da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), agricultores, empresas privadas, ONGs e agências de desenvolvimento para compartilhar experiências e impulsionar estratégias inovadoras para o setor.

A empresa apresentou a evolução de um projeto de couro sustentável, iniciado há três anos, que deu origem ao Bov.IS – Consórcio de Pecuária Intensiva Sustentável.

Em 2022, grifes globais e pecuaristas brasileiros lançaram o projeto com foco na criação de um mercado mundial de créditos de couro sustentável, que combate o desmatamento e incentiva práticas de bem-estar animal. A iniciativa foi desenvolvida pela Textile Exchange e seu programa Leather Impact Accelerator (LIA), com implementação da Produzindo Certo junto aos produtores.

“Agora na Conferência Global da FAO, a Produzindo Certo apresentou a evolução desse projeto. Avançamos para um programa que também irá trabalhar com a carne”, explica Charton Locks, Diretor de Operações da Produzindo Certo.

O Bov.IS une produtividade, rentabilidade e sustentabilidade, conectando os elos das cadeias da carne e do couro. O programa acelera a pecuária intensiva no Brasil, com módulos integrados à cadeia dos frigoríficos e rastreabilidade total dos animais, oferecendo segurança ao mercado e valorização aos pecuaristas. Além da premiação que pode chegar a R$ 14 por animal, há melhoria nos indicadores de produtividade, redução da pegada de carbono e evolução genética e nutricional dos rebanhos.

O modelo prevê implantação inicial nos estados de Mato Grosso e Pará, com 15 propriedades e 50 mil animais por módulo, com ampliação gradual. “Após a fase inicial, que compreende os três primeiros anos de validação da metodologia, a expectativa é expandir para diferentes regiões do Brasil, respondendo à crescente demanda global por carne e couro com origem rastreada e sustentável”, destaca Locks.

Entre as principais metas, o Bov.IS espera alcançar 45 pecuaristas no primeiro ano e 125 mil hectares de pastagens sob gestão do programa, com a recuperação e intensificação de pelo menos 5 mil hectares. Já ao fim de três anos, a expectativa é que os pecuaristas tenham aumento de 25% na taxa de lotação das propriedades e redução de 50% na pegada de carbono por cada arroba produzida.

Para participar da iniciativa o pecuarista deve se comprometer a adotar três práticas obrigatórias do programa. São elas: rastreabilidade de 100% do rebanho, realização de checagens do status socioambiental na comercialização do animal e desmatamento zero na propriedade a partir de 31 de dezembro de 2020, conforme estabelece a Lei antidesmatamento da União Europeia, a EUDR.

Para o pecuarista, o modelo é viável independentemente do porte da fazenda, pois o produtor não tem custo para implementar as práticas. Elas são financiadas pelo consórcio de acordo com a necessidade de cada propriedade, e o valor será descontado da bonificação a ser recebida.

A meta é que, após o primeiro ano, os créditos de carne e couro estejam disponíveis para redes varejistas e marcas que utilizam couro brasileiro, integrando-os às suas políticas ESG e garantindo repasse de valor aos produtores.

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