Com foco em descarbonização, Mina Mercantil entra para o Reg.IA e amplia compromissos ESG até 2030 - Produzindo Certo
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Com foco em descarbonização, Mina Mercantil entra para o Reg.IA e amplia compromissos ESG até 2030

De uma empresa cerealista fundada em 1975 a uma das mais importantes indústrias agroalimentares da Alta Mogiana, a Mina Mercantil sempre cultivou uma marca: a capacidade de evoluir sem perder as raízes. Agora, quase 50 anos depois de seu início, a empresa paulista escreve um novo capítulo de sua história ao entrar para o Reg.IA, o primeiro consórcio de agricultura regenerativa da América Latina, liderado pela Produzindo Certo.

A decisão representa mais do que uma parceria estratégica: é uma virada de chave rumo a um modelo produtivo que une eficiência industrial, responsabilidade ambiental e compromisso com o futuro do agro brasileiro. “Hoje em dia não tem como ficar fora desse contexto. ESG está na pauta e nós já estamos trabalhando nisso há alguns anos”, afirma Carlos Azevedo, presidente da Mina Mercantil.

Ao lado de nomes como Agrivalle, Bayer, BrasilSeg, BRF, GAPES, InPlanet, Milhão Ingredients e Proforest, que já fazem parte do Reg.IA, a empresa soma forças a um movimento que vem redefinindo a forma de produzir alimentos no país, conciliando produtividade e regeneração ambiental.

Tradição e inovação na mesma colheita

Carlos Azevedo, presidente da Mina Mercantil

Com sede em Guaíra (SP) e um parque industrial de 48 mil m², a Mina Mercantil é referência na produção de derivados de milho destinados aos setores de salgadinhos, pastifícios e empacotamentos. Também atua na nutrição animal, com linhas de rações, sal mineral e suplementos proteinados. Além disso, mantém unidades operacionais em Guaraci e Riolândia, também em São Paulo.

Mas o segredo da longevidade da empresa vai além da estrutura. Está na busca constante por inovação. “O nosso DNA é de comercialização e processamento de grãos. Hoje, 80% do nosso negócio é derivado de milho, uns 15% do faturamento é de nutrição animal. E nós temos também uma prestação de serviço em grãos de soja para a Cargill”, explica Azevedo.

Essa combinação entre tradição e modernidade é o que agora impulsiona a Mina Mercantil a adotar práticas que contribuam para a descarbonização da cadeia produtiva e o fortalecimento da agricultura regenerativa.

Metas ambientais

Mina Mercantil tem metas de descarbonização até 2030

O ingresso no Reg.IA está alinhado ao plano ESG da empresa, que inclui uma meta de descarbonização até 2030. “Estamos trabalhando o processo de descarbonização e vamos assinar uma carta compromisso com o SBTi, cumprindo o Acordo de Paris até 2030”, detalha o presidente.

A parceria com o Reg.IA permitirá à empresa acelerar esse processo ao integrar uma rede de produtores que já adotam práticas regenerativas comprovadas. A troca de experiências, segundo Azevedo, é o primeiro passo para desenvolver fornecedores locais e multiplicar resultados.

“Entramos no consórcio porque vimos uma oportunidade real de trabalhar com produtores que já praticam agricultura regenerativa. Isso vai nos abrir um leque enorme na compra de milho, nosso carro-chefe, e também de soja”, afirma.

Valorização do produtor

Para incentivar a transição regenerativa, a Mina Mercantil vai pagar um prêmio de até 2% sobre os grãos adquiridos de produtores do consórcio. A medida busca reconhecer e valorizar quem investe em práticas que restauram o solo, preservam a biodiversidade e reduzem as emissões de carbono.

“Mais importante que o prêmio é desenvolver parcerias com os agricultores e novos fornecedores. Queremos criar uma rede sólida de produtores comprometidos com esse modelo de produção”, explica Azevedo.

A meta da empresa é que, até o final da década, 100% do seu suprimento de grãos venha de sistemas regenerativos. “Eu creio que em quatro ou cinco anos não vai ter como trabalhar sem estar antenado à agricultura regenerativa. A tendência é que todo o nosso suprimento venha desse tipo de produção”, reforça.

A região da Alta Mogiana, no norte de São Paulo, onde a Mina Mercantil mantém suas operações, é conhecida pela força de sua agricultura. Esse cenário, segundo Azevedo, é ideal para o avanço das práticas regenerativas. “Temos uma agricultura pujante e produtores muito antenados. Vamos desenvolver esse trabalho com eles também”, afirma.

A empresa já indicou dois produtores para o Reg.IA e pretende indicar outros. O objetivo é ampliar a participação local nos próximos ciclos.

“Nós estamos muito contentes mesmo de ter conhecido o Reg.IA, está nos propiciando essa bagagem para podermos passar para os nossos produtores aqui. Então, eu acho que o primeiro ano vai ser de experiência, de conhecimento e depois nós vamos ter condições de multiplicar isso aqui na região”, afirma Azevedo.